Pensei e pensei.Não sei se tem relação com maturidade ou algo assim, mas sei que vivi e estou vivendo duas experiências diferentes. Cleber brinca comigo que já vivi todas as experiências maternas: cesarea, aborto e parto natural. Só falta adoção. Vale de gato?
Mas uma coisa eu sei: hoje estou diferente da Camila que deu luz a Jade.
A Camila pós-cesarea era completamente "in matrix", acreditava piamente que a cesarea foi salvadora, sem sequer questionar a atitude da GO Fofa, acreditava que cama compartilhada era ruim, e colocamos a Jade em seu berço com 21 dias (também a cama era ruim, de mola, casal, dormindo junto com os gatos, casa sem tela, cheia de pernilongos)...
Hoje sei o que quero para minhas duas meninas, com a Jade aprendi que o tempo passa rápido e por mais que acorde a noite feito um zumbi para amamentar a Laura, agradeço por poder estar vivendo esse momento. Ele passa rápido, ele voa e amanhã ele será diferente do hoje. Com a Jade acreditava que colo mimava... Que nada! Tenho mais é que aproveitar o aconchego de bebê, logo Laura estará correndo pela casa e não querendo mais colo e limpando com a mão os beijos que a gente dá. Não há nada melhor que colo! Na falta de braços, sling! Oh coisa boa para manter a pequena perto do coração.
Me perguntam sobre as duas situações: cesarea x parto natural. Quem não tem essa dúvida? Ainda mais quando é sua primeira gestação. Na cesarea, fui enganada, acreditei que iria parir, fui induzida com ocitocina, levada a crer que a Jade estava em sofrimento, e chorei durante a cesarea, meu vídeo chega a ser ridículo de tanto que eu soluçava... O pós-cirúrgico não é fácil. Você não sente dor se se entupir de remédios, e nisso o bebê se medica também, através do leite materno. É ruim você ter seu bebê tirado de você, já que você fica sozinha se recuperando da anestesia e só vê seu bebê duas-quatro horas depois da cirurgia e mesmo assim, grogue. Fazer xixi é impossível, tanto que você fica de sonda. Levantar para tomar banho? Só no dia seguinte e com ajuda e ainda tem o curativo para cuidar. E ir para casa? Prepare-se para usar cinta no trajeto e alguns dias depois porque parece que a barriga vai despencar e abrir. No pós-parto natural é tudo mais fácil. Para se ter noção, sai da sala de parto e deitei de lado. Tomei banho sozinha algumas horas depois. Vai fazer isso com cesarea que eu quero ver. Ok, dói o trabalho de parto, dói o expulsivo. Mas que dor é essa que some assim que o bebê nasce? Que se transforma em sorriso! Recebi a pequena para mamar ainda na sala de parto, ficou comigo o tempo que eu quis, sem pediatra querendo arrancá-la de mim! Cordão foi cortado pelo pai, com Laura na minha barriga. O cordão mesmo e não aquele aparo de coto que deixam fazer na cesarea. Apgar feito no meu colo. Pulseiras colocadas no colo do pai. Assim que subimos, a Laura chegou. Nada de incubadora como a Jade. Direto para os meus braços. O primeiro banho fui eu quem deu, não uma enfermeira! Nossa primeira noite foi na mesma cama, ela dormiu comigo, e não eu no quarto e ela no berçário... E em casa? Muito mais fácil! Ainda mais com uma criança pequena e um bebê. Cinta? Que isso? Hoje, quinze dias depois do nascimento da Laura, só faltam 3kg para o peso anterior a gravidez, sendo que engordei 14kg novamente.
Enfim, hoje me pergunto como teria sido diferente se eu tivesse saído da matrix mais cedo, a tempo de receber a Jade no tempo dela. De senti-la nascer, entrar neste mundo pelo próprio esforço. Teria nascido de quantas semanas? Com qual peso? Tamanho?
Mas tenho uma certeza e recomendação: respeite o tempo de seu bebê. Não encara parto natural, mas pelo menos espere o trabalho de parto, espere o bebê dizer que quer nascer. Assim você pode evitar complicações pela prematuridade do bebê, afinal ultrasom erra demais, você sabia? Se quer fazer uma cirurgia, procure saber seus riscos para você e o bebê. Sem dúvida, o parto natural é sempre a melhor opção. Deixe a cesarea para os casos que são realmente necessários, a que salva vida, e não acredite nas falácias de bebê grande demais ou do cordão no pescoço.
Bj e boa sorte em seu parto.
Mas uma coisa eu sei: hoje estou diferente da Camila que deu luz a Jade.
A Camila pós-cesarea era completamente "in matrix", acreditava piamente que a cesarea foi salvadora, sem sequer questionar a atitude da GO Fofa, acreditava que cama compartilhada era ruim, e colocamos a Jade em seu berço com 21 dias (também a cama era ruim, de mola, casal, dormindo junto com os gatos, casa sem tela, cheia de pernilongos)...
Hoje sei o que quero para minhas duas meninas, com a Jade aprendi que o tempo passa rápido e por mais que acorde a noite feito um zumbi para amamentar a Laura, agradeço por poder estar vivendo esse momento. Ele passa rápido, ele voa e amanhã ele será diferente do hoje. Com a Jade acreditava que colo mimava... Que nada! Tenho mais é que aproveitar o aconchego de bebê, logo Laura estará correndo pela casa e não querendo mais colo e limpando com a mão os beijos que a gente dá. Não há nada melhor que colo! Na falta de braços, sling! Oh coisa boa para manter a pequena perto do coração.
Me perguntam sobre as duas situações: cesarea x parto natural. Quem não tem essa dúvida? Ainda mais quando é sua primeira gestação. Na cesarea, fui enganada, acreditei que iria parir, fui induzida com ocitocina, levada a crer que a Jade estava em sofrimento, e chorei durante a cesarea, meu vídeo chega a ser ridículo de tanto que eu soluçava... O pós-cirúrgico não é fácil. Você não sente dor se se entupir de remédios, e nisso o bebê se medica também, através do leite materno. É ruim você ter seu bebê tirado de você, já que você fica sozinha se recuperando da anestesia e só vê seu bebê duas-quatro horas depois da cirurgia e mesmo assim, grogue. Fazer xixi é impossível, tanto que você fica de sonda. Levantar para tomar banho? Só no dia seguinte e com ajuda e ainda tem o curativo para cuidar. E ir para casa? Prepare-se para usar cinta no trajeto e alguns dias depois porque parece que a barriga vai despencar e abrir. No pós-parto natural é tudo mais fácil. Para se ter noção, sai da sala de parto e deitei de lado. Tomei banho sozinha algumas horas depois. Vai fazer isso com cesarea que eu quero ver. Ok, dói o trabalho de parto, dói o expulsivo. Mas que dor é essa que some assim que o bebê nasce? Que se transforma em sorriso! Recebi a pequena para mamar ainda na sala de parto, ficou comigo o tempo que eu quis, sem pediatra querendo arrancá-la de mim! Cordão foi cortado pelo pai, com Laura na minha barriga. O cordão mesmo e não aquele aparo de coto que deixam fazer na cesarea. Apgar feito no meu colo. Pulseiras colocadas no colo do pai. Assim que subimos, a Laura chegou. Nada de incubadora como a Jade. Direto para os meus braços. O primeiro banho fui eu quem deu, não uma enfermeira! Nossa primeira noite foi na mesma cama, ela dormiu comigo, e não eu no quarto e ela no berçário... E em casa? Muito mais fácil! Ainda mais com uma criança pequena e um bebê. Cinta? Que isso? Hoje, quinze dias depois do nascimento da Laura, só faltam 3kg para o peso anterior a gravidez, sendo que engordei 14kg novamente.
Enfim, hoje me pergunto como teria sido diferente se eu tivesse saído da matrix mais cedo, a tempo de receber a Jade no tempo dela. De senti-la nascer, entrar neste mundo pelo próprio esforço. Teria nascido de quantas semanas? Com qual peso? Tamanho?
Mas tenho uma certeza e recomendação: respeite o tempo de seu bebê. Não encara parto natural, mas pelo menos espere o trabalho de parto, espere o bebê dizer que quer nascer. Assim você pode evitar complicações pela prematuridade do bebê, afinal ultrasom erra demais, você sabia? Se quer fazer uma cirurgia, procure saber seus riscos para você e o bebê. Sem dúvida, o parto natural é sempre a melhor opção. Deixe a cesarea para os casos que são realmente necessários, a que salva vida, e não acredite nas falácias de bebê grande demais ou do cordão no pescoço.
Bj e boa sorte em seu parto.
Que beleza seu depoimento! Tive meus dois filhos de parto normal e me sinto muito satisfeita por isso. É lindo sentir q chegou a hora do BB nascer, sentir as contrações. Dói, mas a dor some e vc nem se lembra como é a dor... a melhor coisa do mundo!
ResponderExcluirOi Camila, obrigada por compartilhar suas experiências. Tbém tive meu primeiro bebê por cesarea (enganada) e com certeza no próximo, buscarei meu sonhado VBAC e respeitarei meu bebê.
ResponderExcluirBjs